29 agosto 2007

gaivotas - Eugénio de Andrade

Hoje despertei ao som do grito de uma gaivota... não sei se lhes contei, mas tenho esse novo despertador que vai iluminando o quarto devagar e reproduzindo sons da natureza... e escolhi para me acordar hoje o som de um porto... tem as ondas do mar, o canto das gaivotas e portos são sempre bons... lugar de partidas e chegadas e meus braços anseiam por outros braços que estão do outro lado do mar... acordei e senti-me molhada, sim, molhada e satisfeita como uma gata, certeza que Ele me visitara nos meus sonhos e me usara... sinto ainda as mamas doendo dos tapas, a bunda ardida das palmadas, o sexo encharcado e feliz... e lembro das palavras do Eugénio de Andrade que me disse um dia, faz tempo, e que deve ter repetido ao meu ouvido quando me usou enquanto eu dormia:
"E no teu rosto aberto sobre o mar
cada palavra era apenas o rumor
de um bando de gaivotas a passar..."
e não pude resistir... e me acariciei, vendo o rosto Dele em aprovação e com aquele sorriso safado que só Ele tem...

{maria} de Sir Stephen

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