08 julho 2007

retrato ardente - Eugénio de Andrade








No teu peito
é que o pólen do fogo
se junta à nascente,
alastra na sombra.

Nos teus flancos
é que a fonte começa
a ser rio de abelhas,
rumor de tigre.

Da cintura aos joelhos
é que a areia queima,
o sol é secreto,
cego o silêncio.

Deita-te comigo.
Ilumina meus vidros.
Entre lábios e lábios
toda a música é minha
Eugénio de Andrade

Amadíssimo Senhor

Só de pensar em SI já danço, canto, fico feliz...
porque a minha alma que LHE pertence
enche-se de luz e
transborda por toda a minha pele procurando pousar na SUA...

beijos encantados

SUA maria

1 comentário:

Ricardo Rayol disse...

Imagens perfeitas e um texto muito apropriado