26 setembro 2007

Romantismo - Cecília Meireles




Quem tivesse um amor, nesta noite de lua,
para pensar um belo pensamento
e pousá-lo no vento!...
Quem tivesse um amor - longe, certo e impossível -
para se ver chorando, e gostar de chorar,
e adormecer de lágrimas e luar!
Quem tivesse um amor, e, entre o mar e as estrelas,
partisse por nuvens, dormente e acordado,
levitando apenas, pelo amor levado...
Quem tivesse um amor, sem dúvida nem mácula,
sem antes nem depois: verdade e alegoria...
Ah! Quem tivesse... (Mas quem tem? Quem teria?)

Romantismo - Cecília Meireles

Amadíssimo Senhor

eu tenho um amor

...que me faz flutuar
que me faz subir escadas com o coração aos pulos
e as mãos tremendo

...que me faz chorar de alegria,
adormecer suavemente e acordar ainda mais feliz...

...que me faz nadar num mar de desejo,
dá ao meu sorriso o brilho das estrelas
e tem um astro no olhar

... que me faz gritar, suar, rezar!

beijos reverentes de gratidão e admiração
e ardentes de paixão e desejo

SUA maria da luz

2 comentários:

Anónimo disse...

de tudo nas palavras achei a liberdade daquilo que se gosta
mas assim devemos ser escravo sim....inferior não ..abraços

Sir Stephen e SUA maria{SS} disse...

obrigada pela visita ao blog.
Gostei do seu comentário.
Acho que essa escravidão consentida é um querer... uma opção que me liberta e que não tem nada de inferior...

beijos e volte sempre

maria{SS}