02 dezembro 2008

a pele e o vento - Nalu Nogueira



Quando a madrugada vem
e o Vento sopra
a pele em poesia desabrocha
dizendo nua os versos de
arrepios.

E se o Vento sopra sussurrante
como uma brisa morna estremecendo
os pêlos
a Pele, que é poesia,
mergulha em desvarios
e canta para a lua seus versos
de delírios
e espera suplicante o toque
redentor.

(até que o vento, em sopros
de amor
se deita sobre a Pele
e suas mãos segura.)

então a Pele, agora em loucura
sente os cabelos longos do Vento
lhe fazerem cócegas; ouve os
sussurros do Vento em suas costas
sente sobre si o peso do desejo

e cândida, rende-se;
lânguida, deita-se;
ávida, molha-se;

sente nas costas o peso
do Vento
e treme;
agita-se;
inunda-se;
e sonha;

tem dentro de si o corpo
do Vento
e tranca-se;
e move-se;
e geme;
e goza
(grávida, imensa, grata, plena);


quando a madrugada vem
e o Vento sopra
a Pele em poesia desabrocha
e a vida inteira fica
diferente.

a pele e o vento - Nalu Nogueira


Amadíssimo Senhor



rendo-me,
entrego-me,
ajoelho-me,
admiro-LHE,
amo-LHE,
desejo-LHE.
inundo-me,
gemo,
gozo,
agradeço...

agradeço
a SUA enorme generosidade
com essa SUA cadela
que no silêncio disparata lunaticamente
e que no desejo,
desabrocha em poesia...

beijos reluzentes de felicidade e gratidão

SUA maria da luz

2 comentários:

Casal do Arrocha disse...

Não canso de dizer o quanto és linda e sensual...
Bjs...

Sir Stephen e SUA maria{SS} disse...

vocês são uma doçura arrochada !
lindinhos de verdade!
obrigada pelos comentários tão gostosos
beijos

maria{SS}