10 julho 2009

pudesse eu florir em cada flor - Mel de Carvalho



Pudesse eu florir em cada flor

no pretexto do sonho em que te envolvo
do meu corpo, no teu corpo, em desalinho.
E tu beberes o conforto que em cada momento
te ofereço no líquido híbrido dos meus olhos
de águia presa, no anseio e no fascínio.
Este cálice de sangue e vida, esta taça pálida,
d'amargurada orquídea.
Ser-te seiva, suor e linfa...

Pudesse eu, amado, florir e madrugar
nas pupilas do teu olhar tristonho.
Ser o teu mar, o teu mais alto sonho,
ser finda melancolia. Ser novo dia
a beber da claridade na febre da tua lira.

Ser ninfa,
de cobiçosos horizontes, d’eternidades,
e tu poesia
a explodir-se na fonte de meu corpo, amado.
Concubinos, viajante de um mesmo sonho,
de mãos unidas, elevados ao êxtase
do canto egrégio na voz do silêncio
de solidão extinta.

Sermos dos amantes a voz que explode,
a voz que grita, na flama de quem se ama
sem razão ou medida, na praça e na avenida,
na alma nua, no chão da rua, na purificação
do sal e mel.
No sorriso, na adoração, na pacificação da dor…

Pudesse eu florir em cada flor de ti, amor!
Pudesse eu!

pudesse eu florir em cada flor - Mel de Carvalho

Amadíssimo Senhor

Beijos perfumados de todas as flores
que já me deu e que me fazem companhia
e me alegram a todo momento!

SUA maria da luz

2 comentários:

. disse...

Pudesse eu florir em cada flor de ti, amor!..
lindo poema..quanto desejo..
Beijos bom final de semana

Sir Stephen e SUA maria{SS} disse...

Querido Olavo

muito obrigada pelo comentário e um excelente fim de semana para vc
beijos docinhos e felizes

maria{SS}