Fiquei a saber num destes fins-de-tarde
que se podia estar subnutrida de ternura
e afoguei-me no desânimo que me acenava do horizonte
Caiu-me uma pérola húmida do olhar
pensei apenas em guardar em mim
a saudade das carícias tecidas em silêncio
Não foi possível, acendeste-me o desejo dos teus dedos
apetecia-me beijar-te como quem afaga um charuto com os lábios
vendo subir aos céus o fumo do teu cio
Fiquei a saber numa destas noites de lua cheia
que se podia estar subnutrida de ternura
caiu-me uma pérola húmida do olhar
Apesar de os lobisomens
não se poderem dar ao luxo de cultivar mágoas
nas plantações do estio que passa
Apenas lhes é concedido o grato subterfúgio
de uivar nas trevas como quem urde um poema
às escondidas de Deus
Fiquei a saber numa destas manhãs de trovoada
que o teu corpo era feito de raios e coriscos
...
que se podia estar subnutrida de ternura
e afoguei-me no desânimo que me acenava do horizonte
Caiu-me uma pérola húmida do olhar
pensei apenas em guardar em mim
a saudade das carícias tecidas em silêncio
Não foi possível, acendeste-me o desejo dos teus dedos
apetecia-me beijar-te como quem afaga um charuto com os lábios
vendo subir aos céus o fumo do teu cio
Fiquei a saber numa destas noites de lua cheia
que se podia estar subnutrida de ternura
caiu-me uma pérola húmida do olhar
Apesar de os lobisomens
não se poderem dar ao luxo de cultivar mágoas
nas plantações do estio que passa
Apenas lhes é concedido o grato subterfúgio
de uivar nas trevas como quem urde um poema
às escondidas de Deus
Fiquei a saber numa destas manhãs de trovoada
que o teu corpo era feito de raios e coriscos
...
Mesmo assim fazias amor sozinho
dispensando-me o teu corpo
em marés de luz
Fiquei a saber numa destas madrugadas de fogo
que a ternura está guardada num baú
disfarçado de cofre à prova de sentimentos
Nessa mesma hora
senti o meu ser
a dissolver-se devagar
Ao longe, muito ao longe
lembro-me de ter sentido um arrepio na alma
como se tivesses pintado o teu sorriso no meu peito
dispensando-me o teu corpo
em marés de luz
Fiquei a saber numa destas madrugadas de fogo
que a ternura está guardada num baú
disfarçado de cofre à prova de sentimentos
Nessa mesma hora
senti o meu ser
a dissolver-se devagar
Ao longe, muito ao longe
lembro-me de ter sentido um arrepio na alma
como se tivesses pintado o teu sorriso no meu peito
Luís Graça (com algumas mudanças de gênero)
o poema original, na íntegra, pode ser lido em
http://porosidade-eterea.blogspot.com/2006_10_01_archive.html
Amadíssimo Senhor
releio mensagens antigas,
revejo fotos guardadas e
admirando o SEU sorriso e me acalmo,
mas ando subnutrida de ternura...
beijos muito doces
SUA maria
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