19 dezembro 2006

Meu amor, como sofro a volúpia da terra... - Gilka Machado





Meu amor, como sofro a volúpia da terra,
atravessada pelas raízes!...

É s minha árvore linda,
aos céus abrindo as asas de esperança,
na gloriosa ascensão da mocidade.

Ninguém compreenderá a delícia secreta
das nossas núpcias profundas.

Quanto mais avultares, mais subires,
mais mergulhares em mim.

Aguardei-TE longos anos,
com a mesma avidez da gleba pela semente...

tive-TE em minhas entranhas, transfigurei-TE:
és folha, és flor, és fruto, és agasalho, és sombra...

Mas vem do meu querer inviso e obscuro,
quanto prodigalizas ao desejo
dos que TE gozam pela rama.

Gilka Machado

Amadíssimo Senhor

mais apaixonada do que nunca,

desejo-LHE uma semana deliciosa,

repleta de boas surpresas,

carinhos, abraços e beijos sem ter fim...

SUA maria