17 outubro 2006

pressa - David Mourão Ferreira





Desvio dos teus ombros o lençol
que é feito de ternura amarrotada,
da frescura que vem depois do Sol,
quando depois do Sol não vem mais nada...

Olho a roupa no chão: que tempestade!
há restos de ternura pelo meio,
como vultos perdidos na cidade
em que uma tempestade sobreveio...

Começas a vestir-te, lentamente,
e é ternura também que vou vestindo,
para enfrentar lá fora aquela gente
que da nossa ternura anda sorrindo...

Mas ninguém sonha a pressa com que nós
a despimos assim que estamos sós!

David Mourão Ferreira

Amadíssimo Senhor

Diante de SI, dispo-me de tudo para me entregar o mais transparente e pura que posso... mas não consigo me despir do amor, da paixão, da admiração, do desejo que sinto pelo Senhor, e menos ainda me livrar dessa alegria imensa que sinto por LHE pertencer. A qual, como o Senhor bem sabe, transborda no brilho do olhar, na maciez dos gestos e na luz do meu sorriso !

muitos beijos felizes

SUA maria